Interseccionalidade e surdez: reflexões sobre a importância de práticas pedagógicas com surdos
PDF

Palavras-chave

Interseccionalidade. Surdez. Educação. Práticas Pedagógicas

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo refletir sobre a Interseccionalidade nas Práticas Pedagógicas com discentes Surdos. Tratamos da questão com Surdos e não para Surdos, pensando na perspectiva freireana de que o processo de ensino-aprendizagem não deve permear somente os conteúdos, mas ser planejado de forma dialógica em acordo com as especificidades e interesses dos alunos, ou seja, eles devem ser o foco principal da educação. A pesquisa se justifica por se tratar de um tema contemporâneo, ainda pouco explorado e que exige atenção de pesquisadores na área da Educação de Surdos no Brasil. Cada discente é único, detém especificidades, interesses e história de vida. Socialmente os Surdos são vistos como um grupo identitário uniforme. Em outros termos, como se todos fossem iguais, o que não condiz com a realidade, pois as identidades Surdas são múltiplas e permeadas por interseccionalidades relacionadas à classe, raça, etnia, religião, gênero, orientação sexual, dentre outras. Sendo assim, é necessário conhecer as camadas interseccionais que entrelaçam a vida de cada indivíduo Surdo, e, por meio desse conhecimento, pensar e articular práticas escolares significativas que possam favorecer o desenvolvimento de aprendizagens sólidas.  É notória a escassez de produções sobre a temática em que reflitam sobre as diversas identidades Surdas, bem como questões interseccionais que permeiam mutuamente cada indivíduo. Tais reflexões permitem uma nova compreensão acerca do próprio trabalho docente que deve ser minuciosamente refletido a partir das especificidades do educando, considerando o conceito de interseccionalidade. 

PDF