Proposta de incorporar articuladores não-manuais usados nas línguas de sinais para favorecer as representações na área da ciências da natureza
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Palavras-chave

Articuladores não-manuais. Educação de Surdos. Ensino de Ciências e Química.

Resumo

Os Tradutores e Intérpretes Educacionais de Língua de Sinais e Português  (TIELSP) e os professores bilíngues utilizam diferentes articuladores manuais e não-manuais das línguas gestuais-visuais para incorporar características da normalização científica aos conceitos visualmente representados em salas de aula com estudantes surdos. Isso acontece, por exemplo, quando é necessário apresentar, respeitando a convenção posta pela Ciência, os 118 elementos químicos dispostos na Tabela Periódica atual. Considera-se para tal a importância das diferentes simbologias serem corretamente representadas em língua de sinais, com o devido rigor trazido pela Ciência, assegurando o direito linguístico dos surdos no acesso ao conhecimento científico. Assim, este trabalho apresenta uma abordagem qualitativa-exploratória, com exemplos oriundos das Ciências e que se relacionam às experiências de um TIELSP na produção, na tradução de materiais didáticos e na sua atuação como intérprete em diferentes componentes curriculares na área das Ciências da Natureza e da Engenharia. Depreendemos com este artigo que a sinalização das diferentes simbologias científicas, empregando os articuladores não-manuais, pode ser uma importante ferramenta linguística capaz de promover a significação junto aos estudantes surdos na Educação Básica e Superior, principalmente quando se aborda conteúdos científicos que demandam precisão na sua forma de expressão. Por fim, acreditamos, ainda, que este estudo pode favorecer um maior entendimento dos conceitos científicos a esse público, a partir da atuação dos TIELSP e dos professores bilíngues no âmbito das Ciências em geral.

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