Abstract
O presente artigo objetiva analisar os efeitos da inclusão da disciplina de Língua Brasileira de Sinais (Libras) no Ensino Superior nos cursos de Licenciatura e Fonoaudiologia. Como materialidade de análise para este trabalho, tomamos como eixo central as narrativas coletadas por meio de questionários respondidos por alunos dos cursos referidos. Na lógica inclusiva, investe em si aquele sujeito que aprende a Libras, que, por sua vez, investirá no surdo, para que ele também possa conquistar condições de autoinvestimento. Assim, todos desenvolvem cada vez mais condições de inclusão nas redes de consumo operadas dentro de uma raciona-lidade neoliberal. A questão da diferença exposta nos textos oficiais, portanto nos documentos que balizam a política educacional inclusiva em nosso país, mostra a ideia de uma forma de governar os sujeitos surdos. Governa-se tanto pela difusão e consumo da língua de sinais quanto pela forma como essa língua é tomada no contexto discursivo desses documentos.
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