Resumo
Relato de experiência sobre as ações da Seção de Assistência ao Ensino (SAE) do Museu Nacional – MN/UFRJ em prol de um museu acessível aos surdos. Em parceria com instituições especializadas, foram promovidos encontros acadêmicos, cursos, oficinas, eventos de popularização da ciência e uma exposição, a única na instituição que conta com vídeos em Libras. Abordamos a interação de surdos com a exposição e a importância dos mesmos se verem representados nos produtos a eles dirigidos. Todas as atividades visam à acessibilidade comunicacional, à participação plena do surdo e à presença de intérpretes de Libras. A promoção do acesso pleno ao museu não depende exclusivamente da disponibilidade de recursos de acessibilidade, mas passa também pela formação de profissionais capazes de lidar com as diferenças e valorizá-las. Há entraves burocráticos que se tornam amarras na construção de uma instituição iguali-tária e, talvez seja esse, o maior desafio a ser superado. A parceria com uma referência na área, o Instituto Nacional de Educação de Surdos – INES, que prevê a formação de profissionais, pesquisas e geração de conteúdos em Libras sobre o MN, se apresenta como a oportunidade de promoção do acesso dos surdos ao Museu Nacional, prestes a completar 200 anos.