Abstract
Com um total absoluto de 14.512.803 pessoas com 60 anos de idade ou mais (BRASIL. IBGE, 2001), o Brasil hoje é um país com significativo crescimento da população idosa. Espera-se alcançar um total de 28,5 milhões de pessoas, no ano de 2020, com mais de 60 anos. Esse fato, sem dúvida, integra o Brasil no panorama mundial de aumento da longevidade humana que se estende a limites antes impensados (VERAS, 2003). Uma vez que o quantitativo da população idosa vem aumentando, aumenta a prevalência da presbiacusia que interfere na qualidade de vida do idoso (ROSENHALL, 2001). Segundo esse último autor, a presbiacusia freqüentemente acarreta profundos efeitos na qualidade de vida das pessoas idosas, uma vez que interfere diretamente na comunicação. Portanto, toma-se necessário desenvolver ações que busquem melhorar a qualidade de vida através do restabelecimento do processo comunicativo do idoso, no seio da própria família e da sociedade como um todo. De acordo com COUTO-LENZI (2000), quando um adulto habituado a ouvir normalmente perde sua audição ou a tem diminuída, o desconfo rto é imediato. As dificuldades começam em relação à comunicação com as pessoas da própria família, amigos mais próximos, os colegas do trabalho e depois, nas lojas, na feira e tantas outras atividades sociais. Os cuidados em relação à amplificação sonora não se restringem apenas aos aspectos tecnológicos. É preciso considerar também a reeducação auditiva, a partir do ganho de percepção auditiva possibilitada pelo aparelho de amplificação sonora. Através de nossa prática,
é possível perceber que, quando começam a usar esse tipo de aparelho sem a necessária educação auditiva, muitas pessoas sentem-se decepcionadas e recusam-se a usar. Para que haja benefícios com o uso do aparelho é também necessário que se estabeleça um programa de educação auditiva. É como reaprender a ouvir. Esse trabalho, sem dúvida, poderá devolver ao idoso presbiacúsico o prazer nas relações sociais e familiares então perdido.