Abstract
O presente artigo traz apontamentos que atravessam a realidade de tradutores e intérpretes de Libras/ortuguês frente às atuais demandas do mercado de trabalho. Num primeiro momento, localiza-se a “aparição” dos surdos e a emergência de mão-de-obra qualificada que atenda às necessidade desse grupo em processo de descolonização, conduzindo o leitor a uma análise crítica das fissuras e dos rompimentos que se escamoteiam durante a reformulação de paradigmas. Através das situações vividas, expõem-se as mazelas e opressões que passam despercebidas por serem preenchidas pelo “brilho das mãos que balançam nos palcos”, ainda que na plateia sequer haja um surdo usuário de Libras. Espera-se evidenciar a condição humana e as subjetividades invisíveis por trás da capa da novidade. Por fim, apontam-se indagações sobre os (des)caminhos esperados que traduzam uma nova realidade à categoria em questão.
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