Resumo
Este artigo apresenta uma análise histórico-cultural de autorrepresentações de mulheres surdas em manifestações literárias. Analisa imagens e discursos tecidos na perspectiva de gênero e identifica signos pertinentes à experiência da surdez e da condição feminina, em uma abordagem comparativa em torno das obras autobiográficas O grito da gaivota, de Emmanuelle Laborit, e Despertar do silêncio, de Shirley Vilhalva. Nos discursos engendrados em suas autobiografias, as autoras surdas se autorrepresentam através de imagens relativas às suas experiências e identidades surdas, abordando as culturas surdas a partir de prismas plurais. Além de explorar as especificidades nos discursos de cada relato autobiográfico, o estudo desenvolve-se examinando intertextos e aspectos da sincronia em que se inserem.
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