Resumo
Neste artigo fazemos uma leitura de Judas Ahsverus, de Euclides da Cunha, fundamentada na teoria do “bode expiatório”, de René Girard, pois Euclides narra o rito sacrificial celebrado pelo seringueiro da Amazônia, no sábado de Aleluia, sendo esse ritual uma variante da malhação de Judas, porém de forma inusitada: o Judas, feito à imagem e semelhança do seringueiro, torna-se errante, a descer o rio em uma barca, enquanto recebe tiros das armas dos outros habitantes do seringal. É o homem assumindo a responsabilidade pelo infortúnio em seu destino pessoal.

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