A Política de Cotas Raciais nas Universidades Públicas Brasileiras a Ética das Cotas no Olhar dos Cotistas
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Palavras-chave

UERJ
Negros e Pardos
Políticas Afirmativas
Cotas
Ética
Dussel

Resumo

Este estudo tem como propósito responder à pergunta: em que medida a experiência inaugural da implantação da política de cotas raciais na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), em 2003, resiste a uma critica etica tendo as vozes dos estudantes catistas autodeclarados negros ou pardos como protagonistas? O estudo tem como objetivo aprofundar tal discussão, com um olhar ético, sobre a política contemporânea da reserva de vagas/cotas raciais no ensino superior. Para a realização desse propósito abordo, primeiramente, os discursos e ações que envolvem a política de cotas raciais em nosso pais; em seguida, apresento a questão da identidade racial no Brasil, tendo como foco a construção da(s) identidade(s) negra(s) sob o suporte da Teoria sociocultural; prosseguindo, trago o estudo de caso realizado na UERJ no período entre 2003 e 2005, buscando analisar a política de cotas raciais dessa Universidade, por meio das vozes dos estudantes cotistas raciais, de um ponto de vista da Etica da Libertação, de Enrique Dussel (2002). Finalizo o estudo, considerando a política de cotas raciais da UERJ/2003, como sendo um sistema ético crítico, tendo-se os estudantes catistas como sujeitos dessa ação. Considero, ainda, que a experiência pioneira da política de cotas raciais na UERJ amplia as oportunidades para negros e pardos no ensino superior brasileiro.

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