Resumo
Sob a argumentação de que a acessibilidade à psicoterapia por meio de intérprete ocasiona inevitável quebra de privacidade e causa grandes prejuízos para o paciente surdo, autores apontam a necessidade da proficiência em Libras dos terapeutas. O objetivo da presente pesquisa foi investigar o conhecimento sobre o sujeito surdo e a disponibilidade dos psicólogos em investir na formação em Libras. Os achados mostram que há um significativo contingente de psicólogos dispostos a atender pacientes surdos, tornando justificável investimentos públicos em ações inclusivas e apontam para o fato de que qualquer proposta de ampliação da rede de atendimento psicoterapêutico para a população surda demanda o enfretamento, com a mesma prioridade, de duas frentes: o fomento à proficiência em Libras para psicólogos; e a promoção de ações que gerem
empatia da comunidade de psicologia com o sujeito surdo.